O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), primeiro museu moderno do país, é uma instituição privada e sem fins lucrativos, fundada, em 1947, pelo empresário brasileiro Assis Chateaubriand. Entre os anos de 1947 e 1990, o crítico e marchand italiano Pietro Maria Bardi assumiu a direção do MASP a convite de Chateaubriand. As primeiras obras de arte do museu foram selecionadas por Bardi e adquiridas por doações da sociedade local, formando o mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul. Hoje, a coleção reúne mais de 11 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias e vestuários de diversos períodos, abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas.
Inicialmente instalado na rua 7 de Abril, no centro da cidade, o museu foi transferido, em 1968, para a atual sede na avenida Paulista, arrojado projeto de Lina Bo Bardi e marco na história da arquitetura do século 20. Utilizando como base vidro e concreto, Lina Bo Bardi criou uma arquitetura de superfícies ásperas e sem acabamentos luxuosos, que contempla leveza, transparência e suspensão. A esplanada sob o edifício, conhecida como “vão livre”, foi concebida para tornar-se uma praça para uso da população.
A radicalidade da arquiteta também se faz presente nos icônicos cavaletes de cristal, criados para expor a coleção no segundo andar do edifício. Ao retirar as obras das paredes e levá-las para os cavaletes, o tradicional modelo europeu de museu, no qual o espectador é levado a seguir uma narrativa linear sugerida pela ordem e disposição das obras nas salas, é posto em questão. No espaço amplo da pinacoteca do MASP, a expografia suspensa e transparente permite ao público um convívio mais próximo com o acervo uma vez que ele pode escolher o seu percurso entre as obras, contorná-las e visualizar o seu verso.
Além da mostra de longa duração de seu Acervo em transformação na pinacoteca do museu, realiza-se ao longo do ano uma ampla programação de exposições coletivas e individuais que se articulam em torno de eixos temáticos: as Histórias da sexualidade (2017), as Histórias afroatlânticas (2018), as Histórias feministas/histórias das mulheres (2019). É importante levar em consideração o termo plural “histórias” que aponta para histórias múltiplas, diversas e polifônicas, histórias abertas, inconstantes e em processo, histórias em fragmentos e em camadas, histórias não totalizantes nem definitivas. “Histórias”, em português, afinal, abarca tanto a ficção quanto a não ficção, as narrativas pessoais e políticas, privadas e públicas, micro e macro.
Toda essa aproximação reflete a nova missão do museu, estabelecida em 2017: “O MASP, museu diverso, inclusivo e plural, tem a missão de estabelecer, de maneira crítica e criativa, diálogos entre passado e presente, culturas e territórios, a partir das artes visuais. Para tanto, deve ampliar, preservar, pesquisar e difundir seu acervo, bem como promover o encontro entre públicos e arte por meio de experiências transformadoras e acolhedoras”.
O calendário de exposições é complementado pelos programas públicos desenvolvidos pelo núcleo de mediação e inclui seminários internacionais, palestras realizadas mensalmente no primeiro sábado de cada mês, o programa MASP Professores, oficinas, cursos no MASP Escola e programação de filmes e vídeos. Para ampliar e perenizar a discussão em torno de toda essa programação, o museu edita uma série de publicações incluindo catálogos das exposições, dos acervos, e antologias dos seminários e palestras, bem como de projetos especiais como restauros de obras.
NOSSA MISSÃO
O MASP, Museu diverso, inclusivo e plural, tem a missão de estabelecer, de maneira crítica e criativa, diálogos entre passado e presente, culturas e territórios, a partir das artes visuais. Para tanto, deve ampliar, preservar, pesquisar e difundir seu acervo, bem como promover o encontro entre públicos e arte por meio de experiências transformadoras e acolhedoras.